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Brasil Colônia: economia, sociedade e mais! Brasil Colônia: economia, sociedade e mais!

Brasil Colônia: economia, sociedade e mais!

O Brasil Colônia é um período importante para a história do nosso país, que compreende os anos de 1530 a 1822, marcado pela chegada dos colonizadores europeus, a exploração de recursos naturais e a formação da sociedade brasileira. Mas antes disso, a historiografia atual reconhece o período anterior, chamado de pré-colonial, que remete à colonização efetiva dos portugueses entre os anos de 1500 a 1530.

Neste artigo vamos entender a história, origem, evolução e as principais características do Brasil Colônia. Vamos nessa? Boa leitura!

Período Pré-Colonial do Brasil

Por muito tempo, os estudos históricos sobre o Brasil começaram com a chegada de Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1500. Ao longo da história, graças às contribuições da antropologia e arqueologia, foi possível incluir o período pré-colonial do Brasil. Antes da chegada dos portugueses, os povos indígenas habitavam o território. O contato inicial entre os portugueses e indígenas foi amigável, porém, os conflitos surgiram devido à busca por mão de obra escrava. Isso, inclusive, resultou no extermínio de muitos indígenas.

A colonização do Brasil teve início em 22 de abril de 1500 com a chegada dos portugueses, durante o período pré-colonial. A expedição, liderada por Pedro Álvares Cabral, tinha originalmente como destino as Índias, mas desembarcou no Brasil.

Segundo alguns historiadores, Portugal já tinha conhecimento da existência de terras a oeste, o que corroborou com a missão de Cabral de garantir o domínio português sobre as novas terras.

Esse fato é evidenciado nas negociações do Tratado de Tordesilhas, onde Portugal buscava uma fronteira mais ocidental.

Logo após a chegada, os portugueses encontraram o pau-brasil, que posteriormente foi considerada a fonte principal de lucro, pois a madeira era abundante no litoral brasileiro e utilizada na confecção de móveis e tingimento de tecidos.

Os indígenas locais, por outro lado, trocavam o pau-brasil por itens de pouco valor comercial, como espelhos, com os portugueses, e isso marcou o início da colonização.

Início do período colonial

No século XVI, devido à crise no comércio de especiarias, Portugal optou por focar na colonização e exploração do Brasil. As tentativas de invasão por parte da França e Inglaterra levaram Portugal a consolidar sua ocupação no território brasileiro.

Por quase três séculos, os portugueses exerceram domínio sobre o Brasil, explorando recursos como a cana-de-açúcar e o ouro, além de cobrar impostos e reprimir revoltas locais, até a independência do Brasil, proclamada em 7 de setembro de 1822.

Capitanias Hereditárias no Brasil Colônia

Durante o Brasil Colônia, os portugueses aplicaram no Brasil o mesmo sistema de administração usado em suas colônias na Ilha da Madeira e na costa africana. O território foi dividido em áreas de terra para serem concedidas a nobres aliados da Coroa Portuguesa, formando as capitanias hereditárias.

O objetivo era afastar o governo colonial. Os donatários, responsáveis pela gestão das capitanias, tinham como tarefa principal assegurar a segurança, avaliar a viabilidade econômica da região para exploração, além de garantir o cumprimento das ordens reais.

Entretanto, a falta de interesse dos donatários em investir no Brasil mostrou a ineficácia desse sistema, o que resultou no fracasso das capitanias hereditárias, exceto pelas capitanias de Pernambuco e São Vicente.

Governo-Geral no Brasil Colônia

Diante da ineficácia da descentralização do poder na administração do Brasil Colônia, a Coroa portuguesa optou por centralizar o governo na província da Bahia, inaugurando assim o período que chamamos de Governo-Geral. Nesse sistema, a colônia era liderada por um governador-geral, escolhido pelo rei português para exercer o controle direto.

O primeiro a ocupar o cargo foi Tomé de Souza, que, durante seu governo, foi responsável pela fundação da cidade de Salvador, a primeira capital do Brasil.

O Governo-Geral promoveu o desenvolvimento dos engenhos de cana-de-açúcar, uma atividade econômica de grande sucesso nos primeiros períodos coloniais. Ao longo litoral do Nordeste, surgiram diversas plantações de cana-de-açúcar, destinadas ao mercado europeu.

Portugal e Holanda firmaram um acordo em que Portugal forneceria cana-de-açúcar, enquanto os holandeses refinariam e comercializavam o produto. Esse pacto, nomeado de Pacto Colonial, assegurou a Portugal o monopólio do comércio brasileiro, fortalecendo a dependência econômica da colônia em relação à metrópole.

Com a chegada dos governadores-gerais, vieram os primeiros padres jesuítas, cuja missão era converter os indígenas ao cristianismo. Porém, os conflitos começaram a surgir rapidamente entre os jesuítas e os colonos.

Os colonos queriam escravizar os indígenas para trabalhar nas plantações de açúcar, mas os jesuítas queriam convertê-los. Para resolver essa questão, os jesuítas decidiram levar os indígenas para áreas mais distantes do litoral, onde poderiam ser catequizados e trabalhar na agricultura.

Diante do insucesso da escravidão indígena, os portugueses recorreram à escravidão africana para suprir a demanda de trabalho nas plantações de cana-de-açúcar. Essa prática se tornou predominante na colônia, inicialmente nos engenhos de açúcar no Nordeste e depois na indústria mineradora no centro-sul.

Para proteger a colônia, o Governo-Geral construiu várias fortificações militares em locais estratégicos. Essas medidas visavam garantir o domínio português e prevenir invasões estrangeiras.

A fundação da cidade do Rio de Janeiro pelo governador-geral Estácio de Sá, como resposta à ameaça de invasão francesa à Baía de Guanabara, acabou tornando-a a capital da colônia.

Ciclo da Cana-de-açúcar

Durante o período colonial no Brasil, os portugueses iniciaram a plantação de cana-de-açúcar no século XVI, principalmente no litoral nordestino.

O ciclo da cana-de-açúcar era considerado um dos pilares da economia colonial brasileira, com engenhos sendo construídos para processar a cana e produzir açúcar. Inicialmente, utilizava-se a mão de obra indígena, mas devido ao fracasso desse sistema, os colonos voltaram-se para o tráfico negreiro, tornando a escravidão africana uma prática generalizada para atender à crescente demanda de trabalho nas plantações.

A crise do açúcar no século XVII foi agravada pela competição dos holandeses, que começaram a cultivar cana nas Antilhas, reduzindo, dessa forma, o preço do açúcar brasileiro.

Ciclo do Ouro

Além do ciclo da cana-de-açúcar, ocorreu também o ciclo do ouro, que teve início no final do século XVII, com a descoberta de grandes jazidas de ouro no interior do Brasil, principalmente na região de Minas Gerais. Essa descoberta impulsionou a economia colonial, e foi capaz de atrair milhares de pessoas em busca de riqueza. Isso resultou na formação de novas cidades, como Ouro Preto, Mariana e a Cidade de Goiás.

O comércio em torno das minas prosperou, atendendo às necessidades dos exploradores e criando uma economia baseada na extração de ouro. Bem como a produção açucareira, a mão de obra escrava negra foi utilizada nas minas para aumentar a produção.

A descoberta do ouro em Minas Gerais levou a uma mudança na estrutura econômica e política do Brasil Colônia, levando a Coroa Portuguesa a transferir a capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro.

Fim do Brasil Colônia

O fim do Brasil Colônia está inteiramente ligado às mudanças políticas e sociais que aconteceram na Europa durante o final do século XVIII e início do século XIX. A Revolução Francesa, que começou em 1789, e a Era Napoleônica, causaram um profundo impacto na dinâmica da política europeia, e isso enfraqueceu diversas monarquias absolutistas, que foram capazes de introduzir ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.

Portugal, uma das monarquias mais afetadas, se encontrou em uma situação difícil quando Napoleão Bonaparte, imperador da França, exigiu que o país rompesse, de uma vez por todas, os laços econômicos com a Inglaterra – uma das principais potências econômicas da época e aliada há bastante tempo de Portugal.

Quando o país português recusou o pedido de Napoleão, o imperador ordenou a invasão do território português em 1807. Esse acontecimento forçou a família real portuguesa, liderada na época pelo príncipe regente d.João VI, a fugir para o Brasil, uma colônia de Portugal em 1808.

A transferência da corte portuguesa para o Brasil teve efeitos profundos, pois, pela primeira vez, o centro do poder político e administrativo de Portugal estava localizado fora da Europa. D.João VI, ao se instalar no Brasil, tomou várias medidas para modernizar a colônia e aumentar, assim, sua autonomia.

Em 1808, mesmo ano em que fugiu para o Brasil, decidiu abrir os portos brasileiros às “nações amigas”, quebrando o monopólio comercial português e permitindo que o Brasil pudesse comerciar diretamente com outros países. Vale pontuar que isso foi importante para o desenvolvimento econômico da colônia.

Por volta de 1815, d.João VI transformou o Brasil em um Reino Unido junto com Portugal e Algarves, tornando-o igual em status à metrópole. Isso reconheceu oficialmente a importância crescente do Brasil no império português.

Entretanto, essas mudanças também foram suficientes para semear o desejo de independência entre a elite colonial brasileira, que enxergava a dominação portuguesa como um entrave ao seu próprio desenvolvimento econômico.

A Revolução do Porto, em 1820, foi outro evento crucial que influenciou o fim do Brasil Colônia. Essa revolução liberal em Portugal exigiu o retorno de d.João VI. No ano seguinte, o rei voltou a Portugal, deixando seu filho, príncipe regente de d. Pedro I, no Brasil.

A pressão para recolonizar o Brasil e submeter novamente o país ao controle de Lisboa tinha uma forte resistência. D. Pedro I, apoiado pela elite brasileira, decidiu romper com Portugal. Em 7 de setembro de 1822, ele declarou a independência do Brasil, marcando oficialmente o fim do período colonial.

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Texto escrito por: PRASABER
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