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Capitalismo: principais características e objetivos deste sistema Capitalismo: principais características e objetivos deste sistema

Capitalismo: principais características e objetivos deste sistema

Você entende como funciona o capitalismo? O modelo econômico sob o qual vivemos tem suas origens na Idade Média e vem de um longo histórico de transformações na sociedade. Hoje, o capitalismo é o modelo dominante na maior parte do mundo.

Apesar de vivermos sob suas premissas, pode ser difícil compreender claramente o que é o capitalismo, como funciona esse modelo econômico e quais são as diferenças dele para outros modelos.

Compreender isso, porém, é essencial, já que nos fornece raciocínio histórico-crítico e nos permite ver o mundo com outros olhos. Além disso, o tema é pauta frequente em questões de vestibulares, onde o aluno precisa relacionar notícias, atualidades e contextos com as características e objetivos do capitalismo.

Por isso, se você quer entender mais sobre o capitalismo, suas fases e características, continue lendo este artigo!

O que é o Capitalismo?

A primeira coisa que precisamos entender é que, apesar do capitalismo ser um sistema econômico, ele também afeta intensamente campos políticos, sociais, culturais e éticos, interferindo em praticamente todas as dimensões da vida em sociedade. Isso porque a economia é uma ciência humana que se relaciona com outros fatores e não pode ser analisada de maneira isolada.

O capitalismo é um modelo econômico que visa à acumulação de riquezas e ao lucro e tem seu funcionamento baseado no modelo de propriedade privada dos bens de consumo. Isso significa que, no capitalismo, a sociedade é dividida em dois grandes grupos, responsáveis pela formação, consolidação e continuidade do sistema capitalista: a burguesia e o proletariado.

A burguesia é a classe dona dos meios de produção, enquanto o proletariado oferece sua força de trabalho para a burguesia em troca de salários. Os meios de produção são, por exemplo, máquinas, terras, instalações industriais e outros.

Esse modelo opera pelo princípio da liberdade econômica, com um mercado com pouca ou nenhuma interferência do estado. Isso é chamado de mercado livre, onde a comercialização de produtos se dá pela lei da oferta e demanda.

Origem e contexto histórico

O capitalismo tem origem na Baixa Idade Média, quando as propriedades começaram a ser arrendadas. Com o surgimento de comerciantes e artesãos que viviam à margem dos feudos, surge também o nome “burgo” (região externa), dando origem posteriormente ao termo burguesia.

A burguesia iniciou uma nova lógica na sociedade medieval, onde a prática comercial ganhou força e os bens passaram a ser trocados por uma unidade de troca. Dessa maneira, cada objeto começou a ter um valor atribuído pelo dono do meio de produção, e a ideia de lucro e a acumulação de riquezas começou a imperar.

Com o objetivo de expandir cada vez mais o lucro e a acumulação de riquezas, os burgueses começaram a apoiar a formação de Estados Nacionais, que conhecemos como países, para que, com o poder político, fosse mais fácil dominar novos mercados e regularizar moedas.

Com a passagem da Idade Média para a Idade Moderna, esse sistema ganha ainda mais força, já que os Estados Nacionais iniciaram as Grandes Navegações, com objetivo primário de realizar mais trocas comerciais e explorar novas áreas econômicas. Nasce o chamado capitalismo mercantil!

Veja também: Idade Média: tudo sobre o período histórico

Além de possibilitar o crescimento de riquezas e o surgimento de impérios, o capitalismo mercantil instituiu regras e acordos para ampliar as perspectivas comerciais. A grande diferença entre privilégios da burguesia e da nobreza influenciou na crise da monarquia, suscitando a queda deste sistema na maior parte dos países europeus. Foi a primeira vez que grupos monárquicos estiveram submetidos a interesses econômicos de outra classe social, com poder suficiente para transformar as relações econômicas.

A partir deste ponto, o capitalismo ganhou cada vez mais força, unindo-se ao desenvolvimento tecnológico e científico e dando origem às Revoluções Industriais, até chegar ao que conhecemos hoje como o modelo econômico predominante na sociedade.

Vale ressaltar que esse processo de transição aconteceu de forma lenta, propiciado por grandes acontecimentos históricos como as Cruzadas, as Grandes Navegações e a conquista e colonização de outros territórios. Para que um sistema seja derrubado, é necessário tempo e que os interesses da população dominante sejam atendidos continuamente.

Fases do Capitalismo

Historicamente, o capitalismo passou por três fases: o comercial ou mercantil, o industrial e o financeiro.

Capitalismo mercantil

O capitalismo mercantil, também conhecido como pré – capitalismo, foi predominante entre os séculos XV ao XVIII. A economia nesse período era pautada de maneira central nas trocas comerciais e no acúmulo de matérias-primas e especiarias.

Com o declínio da Idade Média, os Estados Nacionais passam a intervir de maneira forte na economia, para conquistar lucros para a burguesia e a aristocracia. As principais características do capitalismo mercantil eram:

  • Acúmulo de metais preciosos (metalismo);
  • Busca pela balança comercial sempre positiva;
  • Produção de mercadorias manufaturadas;
  • Busca por matérias-prima a baixo custo.

Capitalismo industrial

O capitalismo industrial surge junto com a Primeira Revolução Industrial, no século XVIII. Nesse momento, a industrialização dos países leva as indústrias a começarem a fabricar em larga escala e de maneira manufaturada. Assim, a produção era anterior à demanda e necessitava de equipe trabalhadora para supri-la. É o surgimento do proletariado! Nessa época, existiam poucas ou nenhuma lei trabalhista e as condições de trabalho para os empregados eram ruins, prejudicando até mesmo a saúde do proletariado.

Na economia, o modelo que imperava era o liberalismo econômico, que defendia a mínima intervenção do Estado no mercado, deixando que este se autorregulasse.

Capitalismo financeiro

A última fase do capitalismo, o capitalismo financeiro, é a fase que vigora ainda nos dias atuais. A transição do capitalismo industrial para o financeiro aconteceu por meio do investimento do capital bancário para o capital industrial. Isso propiciou o surgimento de grandes empresas e, com elas, a economia centrada nas práticas especulativas e financeiras.

A busca pela acumulação de capital intensificou-se e, após uma fase de defesa de Estado Forte, o neoliberalismo volta à tona, pregando a mínima intervenção do Estado na economia. Alguns teóricos defendem que a sociedade já superou o capitalismo financeiro, enquanto outros acreditam ainda se tratar da terceira fase do capitalismo.

Principais objetivos

O principal objetivo do sistema capitalista é a acumulação de riquezas e máximo lucro. Segundo Adam Smith, filósofo e economista, o capitalismo funciona porque segue os interesses do ser humano: pensar em suas próprias posses e lucro.

Assim, o capitalismo enquanto sistema elege diferentes estratégias para otimizar o lucro ao máximo enquanto diminui os custos de produção. Isso acaba incorrendo em desigualdade social, concentração de riqueza na mão de poucos e precarização do trabalho, chegando a perpetuar a escravidão em alguns lugares do mundo.

Outro objetivo do capitalismo é a defesa da propriedade privada dos meios de produção, o que garante pouca mobilidade social e perpetua as riquezas da burguesia por gerações e gerações.

Características do sistema capitalista

Entre as características do sistema capitalista, estão:

Propriedade privada dos meios de produção

O sistema capitalista tem como premissa a propriedade privada dos meios de produção. Assim, os burgueses, donos do meio de produção, são livres para utilizá-los como bem entender. Sejam os meios de produção terras, máquinas ou indústrias, com o Estado garantindo essa propriedade, a burguesia têm direito máximo sobre eles.

Busca pela acumulação de riquezas

O grande objetivo do capitalismo é a busca pelo máximo de acumulação de riquezas e lucros, decorrentes do trabalho do proletariado.

Lei de oferta e demanda

A lei de oferta e demanda presume que a economia se auto regulará, sem a necessidade de intervenção do Estado. Isso significa que os produtos serão vendidos e produzidos de acordo com a demanda e, quanto mais oferta, mais barato o produto será.

Trabalho assalariado

Além da existência da burguesia e do proletariado, características essenciais para a existência do capitalismo, o trabalho assalariado também deve existir para que o proletariado tenha poder de consumo na sociedade.

Classes sociais

De um lado, os burgueses, detentores dos meios de produção. De outro, os proletários, que oferecem sua força de trabalho em troca de um salário. Como o objetivo é alcançar o máximo de lucro, os burgueses frequentemente seguem acumulando riquezas, enquanto os proletários não conseguem ascender socialmente nem ter boas condições de vida, em sua maioria.

Veja também: Fascismo: o que é e principais características

Diferenças entre Capitalismo e Socialismo

Pode-se dizer que o capitalismo é o oposto do socialismo. Enquanto o modelo econômico capitalista prega a defesa da propriedade privada dos meios de produção e a acumulação máxima de riquezas, o socialismo defende que a produção da riqueza deve ser socializada e que os meios de produção devem ser controlados pelos trabalhadores, já que quem produz a riqueza são eles.

Além disso, o capitalismo divide a sociedade em classes sociais e prega por uma economia de mercado baseada na lei da oferta e da procura, com intervenção mínima do Estado. Já o socialismo defende a centralização do poder no Estado, a abolição das classes sociais e o combate à desigualdade como mote central do modelo econômico.

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Texto escrito por: Prasaber
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