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Relevo: o que é e quais as suas características? Relevo: o que é e quais as suas características?

Relevo: o que é e quais as suas características?

Você já deve ter ouvido falar sobre o relevo, um conceito dos estudos geográficos que ajuda a entender a composição de partes do planeta, como a estrutura geológica do Brasil e de países vizinhos.

Neste artigo, vamos te apresentar um panorama completo sobre o que é o relevo, seus tipos, formas e características principais. Além disso, você vai ficar por dentro dos tipos de relevo brasileiros!

Vem com a gente? Boa leitura!

O que é Relevo?

O relevo é uma parte modelada da estrutura terrestre, presente na superfície. Esta parte da superfície também é chamada de platô, e possui formas muito variadas.

As estruturas de relevo são formadas após uma série de processos internos e externos, considerando as intempéries físico-químicas e a ação externa sobre os ambientes naturais. Boa parte do relevo natural pode ser alterado por eventos como terremotos e erupções vulcânicas, para ilustrar este raciocínio.

Como o relevo está intimamente associado à superfície da Terra, as variações na sua constituição acontecem na litosfera, que é a camada mais externa do planeta, sendo impactado por movimentações naturais causadas pelas forças internas da Terra.

Qual é a função de um Relevo?

Sendo parte de uma estrutura sólida do planeta Terra, podemos dizer que a função de um relevo é multifacetada, considerando as diferentes implicações associadas com as transformações geológicas no curso do desenvolvimento do planeta.

Primeiramente, a configuração de um relevo está ligada à distribuição das águas no planeta Terra, fator que impacta a sobrevivência de espécies animais e dos seres humanos, de acordo com o fluxo de rios, que implica também no abastecimento.

Junto a estruturas como montanhas e colinas, os climas nas regiões dos planetas são afetados pelos relevos, sabendo-se que áreas mais ou menos elevadas podem sofrer grandes variações de temperatura. O estudo do relevo ajuda a entender em quais partes da superfície as temperaturas têm climas específicos.

Pensando nas populações humanas, o relevo tem função e importância por afetar pontos da vida humana como nos quesitos de vegetação, agricultura, usos da terra, modelos de infraestrutura, condições de construção civil, e mesmo para determinar espaços de turismo em diversas nações.

Para entender melhor o impacto dos relevos nesses diferentes quesitos, é importante conhecer os variados tipos de relevo. Continue a leitura deste artigo para conhecê-los.

Tipos de Relevo

O estudo dos tipos de relevo do planeta Terra é essencial para entender as formas da superfície do planeta em continentes diferentes. A partir desse estudo, foi possível identificar quatro principais tipos: planaltos, planícies, depressões e montanhas.

A seguir, vamos apresentar em detalhes cada um desses quatro tipos de relevo:

Planaltos

Os relevos classificados como planaltos são regiões bastante elevadas, que podem ter superfícies planas ou onduladas. A formação desse tipo de relevo é impactada pelo processo erosivo, que também justifica a sua localização sempre acima de 300 metros de altitude.

Apesar da elevada altura, os planaltos não são maiores que as montanhas. Eles podem ser classificados em três tipos principais:

  1. Planaltos sedimentares: são aqueles formados por rochas de sedimentos que ocasionam a elevação desse tipo de relevo
  2. Planaltos basálticos: são aqueles formados por rochas ígneas extrusivas, ou seja, que se estabelecem depois da solidificação causada pela erupção de vulcões
  3. Planaltos cristalinos: são aqueles formados por rochas ígneas intrusivas, ou seja, a partir das modificações em montanhas ou outros tipos rochosos causadas por ações naturais.

O maior planalto do mundo é o Planalto do Tibete, na China.

Planícies

As planícies são tipos de relevo caracterizadas por serem planas. Elas são dessa forma pela baixa ocorrência de acidentes geológicos, e portanto possuem a localização nas regiões mais próximas a nível do mar.

A origem das planícies é geralmente associada com o acúmulo de sedimentos que são resultado do desgaste de rochas. O transporte desses sedimentos pode acontecer por meio dos rios e das águas marinhas.

Uma forma de formação de planícies é também com o soterramento de lagos por um volume grande de sedimentos, quando se formam as chamadas planícies lacustres, que podem interromper de maneira definitiva o curso de águas.

Depressões

As depressões são tipos de relevos que por característica são rebaixados, isto é, ficam em um nível mais baixo do que as áreas de limitação próximas.

Alguns tipos de depressão estão localizados abaixo do nível do mar, e a superfície é geralmente irregular, com muitas inclinações, sendo considerada acidentada. A formação deste tipo de relevo está associada com o processo de erosão.

A formação das depressões também ocorre por intermédio das forças internas da Terra, que podem tornar determinadas regiões mais baixas que outras, formando regiões classificados como as depressões oriundas da erosão.

Montanhas

As montanhas são tipos de relevos conhecidos como os territórios mais elevados de toda a superfície terrestre, ultrapassando o nível do mar em até centenas de milhares de metros.

As regiões de montanhas são por característica mais íngremes que os outros tipos de relevos, e podem possuir profundos vales entre um tipo de relevo e outro, constituindo uma parte relevante da geografia natural de um espaço.

A formação das montanhas se dá, principalmente, pelos dobramentos causados pelo encontro de placas convergentes na crosta terrestre. Algumas montanhas se tornam grandes símbolos geográficos, como o Monte Everest, ou regiões montanhosas como a cordilheira dos Andes.

Quais são as características do Relevo?

Para além dos tipos de relevo diferentes, algumas características do relevo estão associadas com os agentes que justificam sua formação no decorrer da história geológica do planeta Terra.

Sendo assim, podemos dizer que os agentes internos e externos à estrutura do planeta são os agentes formadores do relevo — por conseguinte, é a partir do estudo deles que podemos supor, propor e investigar as características do relevo, e entender como o comportamento de todo um ecossistema pode funcionar.

Agentes internos

Os agentes internos, também conhecidos como agentes endógenos, são formadores de relevo que se originam no interior da Terra. Esses agentes são responsáveis pela formação das maiores estruturas geológicas.

Tectonismo

O tectonismo diz respeito aos processos que acontecem como resultado da movimentação das placas tectônicas. Nesse sentido, diferentes tipos de relevo são formados associados a esses movimentos.

A principal forma de relevo associada ao tectonismo é a de cadeias montanhosas. A partir do choque de placas tectônicas distintas, se forma uma diferenciação entre a placa mais pesada e a mais leve. A placa mais leve sofre uma grande elevação, criando as altas extensões montanhosas que conhecemos ao longo da história geológica do planeta.

Vulcanismo

O vulcanismo é um fenômeno que ocorre por conta da existência de vulcões, que por sua vez podem ser consequências da ação de placas tectônicas, formando regiões com alta concentração de substâncias.

Os vulcões se formam em pontos de colisão entre placas tectônicas. A atividade vulcânica, por sua vez, diz respeito à formação de lava, que em algum momento pode ser expelida quando o vulcão entre em erupção.

A partir da erupção vulcânica, a lava pode formar rochas e outras superfícies sólidas, arrastando outros materiais para essas formações. Esse tipo de transformação é muito profunda sobre uma região, e impacta no tipo de relevo já conhecido.

Abalos sísmicos ou terremotos

Os terremotos, diferentes do tectonismo, são fenômenos que ocorrem no contato entre placas tectônicas, ocasionados pelo acúmulo de energia que é liberada abruptamente. Por conta da componente abrupta desse fenômeno, também é conhecido como abalo sísmico.

Os terremotos também podem acontecer por conta de falhas geológicas nos terrenos, e também, têm o potencial de impactar diretamente o tipo de relevo de toda uma região. Para as populações humanas, os terremotos podem ter graves consequências, e justificam o uso de materiais determinados e construções especiais para proteger os habitantes de um espaço dos impactos desses abalos.

Agentes externos

Os agentes exógenos ou externos do relevo são agentes naturais que transformam o modelo geológico da Terra, e podem ser de múltiplas frentes, como no desgaste natural do relevo, quanto no transporte de sedimentos.

Intemperismo

O intemperismo é um desgaste físico-químico que tem o potencial de alterar a formação das rochas. Esse tipo de degradação acontece ao longo do tempo, e pode ser acelerado de acordo com as condições da Terra, ou mesmo por fatores como a ação do ser humano sobre a natureza.

A principal consequência do intemperismo é a erosão, o desgaste das rochas que gera sedimentos. Essa degradação promove profundas mudanças no formato das rochas e nos desenhos do relevo.

Geleiras ou Glaciares

As geleiras ou glaciares são regiões com acúmulo de neve. Essa neve, que pode se depositar em até 30 mil anos, é cristalizada e forma camadas de massas de gelo. Esse processo é muito comum em regiões montanhosas muito altas, em que o topo das montanhas se aproxima de regiões atmosféricas onde a temperatura é mais baixa.

A formação das geleiras se dá quando o processo de deposição da neve acontece numa taxa superior ao descongelamento, assim, as massas de gelo ocupam diversos espaços e têm o potencial de moldar a composição dos relevos.

É nas geleiras que a água doce mundial está mais preservada, fator que vem sendo influenciado nos últimos anos com a alteração da temperatura dos oceanos e com os impactos das mudanças climáticas.

Rios

Os rios são forças exógenas que podem funcionar como modeladoras de relevo, pois o curso natural dos rios cria desgastes nas estruturas da Terra ao longo de uma grande quantidade de anos.

Além disso, os rios podem transportar sedimentos, e certas extensões fluviais são preenchidas por meio desses sedimentos numa taxa ainda maior do que o transporte, fazendo com que eles se tornem rios soterrados.

Abrasão marinha

A abrasão marinha é um tipo de erosão que acontece nas bases e nos paredões rochosos que são atingidos pela água durante um longo período de tempo, o que faz com que as rochas sofram um forte desgaste e possam desmoronar.

Esse tipo de material, para além da transformação no relevo provocada a partir da abrasão, também é transportado pelas águas e pode se depositar em outras regiões, criando modificações importantes no funcionamento do relevo de uma região.

Ação das ondas

A ação das ondas como agente externo é muito similar à dos rios e da abrasão marinha, pois elas são responsáveis pelo momento da abrasão e dos impactos, que além de desgastar a rocha, também faz com que a água se deposite nas cavidades rochosas.

Além disso, as ondas transportam com muita força os sedimentos ao longo de uma linha costeira, e podem criar derivas ou mesmo fazer com que a composição das praias seja alterada de tempos em tempos.

Ação dos vento

Os ventos são importantes agentes externos que, apesar de terem um poder erosivo reduzido, em comparação com a força das águas, são protagonistas de mudanças no relevo ao longo da história geológica.

A esse processo, chamamos de erosão eólica. Os ventos possuem força para transportar sedimentos e modificar os tipos de rocha, que com o tempo vão sendo moldadas em novos formatos. Um dos mais comuns formatos é o de “taça”, em que uma determinada parte da rocha se torna mais fina, como nas taças.

Pela ação do vento também são verificados alguns buracos no formado das rochas,  o que cria a impressão de que elas foram “perfuradas”. Combinada com as águas, a erosão gerada pelo vento têm um papel de destaque na formação dos relevos.

Quais são os relevos brasileiros?

Os relevos brasileiros são constituídos principalmente pelas formas: depressões, planícies e planaltos, e foram formados em grande parte pela ação de forças externas. O território brasileiro é desde sempre muito rochoso.

As forças exógenas que mais atuaram sobre os relevos do Brasil foram o intemperismo e a erosão, o que justifica as elevações moderadas que compõem a paisagem geológica do Brasil.

Dentro dessas classificações guarda-chuva de depressões, planícies e planaltos, o Brasil tem pelo menos 28 unidades de relevo, classificadas pelo estudioso Jurandyr Ross nos anos 90.

E aí, gostou de conhecer tudo sobre os relevos? Agora tá na hora de expandir suas leituras, e o principal: testar seus conhecimentos!

Agora que você já sabe tudo sobre Relevos, veja também:

Texto escrito por: Prasaber
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