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Urbanização: Causas e Efeitos Urbanização: Causas e Efeitos

Urbanização: Causas e Efeitos

Mudanças populacionais, êxodo rural e industrialização são alguns dos termos mais associados ao processo de urbanização, amplamente estudado nas ciências geográficas, sociológicas, históricas, biológicas, dentre outras.

Sendo um processo de significativo impacto na forma de organização da vida humana – e consequente influência em temas como o meio ambiente e o equilíbrio ambiental, o estudo da urbanização é fundamental para entender o mundo de hoje e o futuro.

Neste artigo, vamos te apresentar as causas e os efeitos da Urbanização. Vamos lá? Boa leitura!

O que é Urbanização?

A Urbanização é o processo de expansão da população urbana, isto é, que vive nas cidades. Neste caso, se considera que também faz parte desta equação o crescimento das cidades em extensão territorial, uma das consequências mais palpáveis do aumento do número de populações nas cidades.

Antes de entrarmos em mais detalhes sobre a Urbanização, é importante conhecer a diferença entre os principais espaços habitados por todas as espécies do planeta Terra. Neste caso, temos a delimitação de dois deles:

  1. Espaço rural: é um amplo espaço quando consideramos a área territorial, e nele são desenvolvidas atividades econômicas relevantes como a agropecuária, a extração de minérios. Também é  necessário lutar pela preservação ambiental das florestas.
  2. Espaço urbano: diz respeito às cidades, que podem ou não se sobrepor ao campo. Na lógica do capitalismo, o desenvolvimento do espaço urbano atende aos interesses de quem comanda o capital, isto é, os donos dos meios de produção que justificam muito a urbanização.

Ambos os espaços estão fortemente associados às atividades socioeconômicas, que são, por sua vez, divididas em setores, dos quais:

  1. Setor primário, ou primeiro setor: responsável pelo extrativismo mineral, a agricultura e a pecuária
  2. Setor secundário, ou segundo setor: responsável pelas atividades urbanas como a indústria e a produção de energia elétrica
  3. Setor terciário, ou terceiro setor: responsável por atividades como o comércio da produção dos outros dois setores e os serviços

Entender essa delimitação serve à construção de um panorama histórico de olhar para países em que a atividade econômica mais forte vem do meio rural, e portanto a maior parte da população vive neste meio, enquanto em outros a maior parte da atividade é urbana, justificando a respectiva alocação da população.

O que é o processo de Urbanização?

O processo de Urbanização ocorre em etapas, e na história mundial têm suas origens no período neolítico, desenvolvido na pré-história e caracterizado pela sedentarização dos hominídeos e o desenvolvimento da produção agrícola.

Originalmente, os seres humanos sempre estiveram associados à vida no campo, pois dependiam da própria produção para a sobrevivência de sua prole. No mundo atual, em que o capitalismo é o sistema político e econômico vigente desde o século XVIII, a dependência humana está associada com a lógica das cidades.

Sendo assim, o processo de Urbanização foi evocado como uma necessidade a partir de causas e fatores muito bem demarcados. Em primeiro lugar, as cidades acabaram se tornando mais atrativas para as populações a partir do desenvolvimento da industrialização.

A oferta de empregos, nos primórdios da Revolução Industrial, se tornou muito maior nas cidades, bem como as condições de moradias, o que justificava um processo de êxodo rural, em que as populações abandonavam a vida no campo e investiam na organização ao redor das cidades.

Considera-se que um território se tornou urbanizado quando mais de 50% da população está no espaço urbano, ou seja, quando há uma maioria percentual de indivíduos que vivem no espaço urbano em detrimento do espaço rural.

Junto ao crescimento populacional, a Urbanização possui um eixo que deve considerar  expansão das cidades, que muitas vezes elimina as fronteiras entre um espaço urbano e outro, e é um resultado importante das diferentes formas de organização da sociedade neste modelo.

Quais são os principais tipos de Urbanização?

Apesar de ser um modelo que pode ser aplicado para pensar a população mundial de maneira geral, existem diferentes tipos de Urbanização.

Continue a leitura deste artigo para conhecer os principais tipos de Urbanização.

Urbanização Planejada

A urbanização planejada é um tipo de organização que exige, como sugestão do nome, uma forma de urbanização que busca a garantia da qualidade de vida dos habitantes de determinada localidade.

Assim, esse tipo de urbanização envolve estudos, suposições, testes e elaborações de propostas para garantir a um grupo populacional todos os direitos relacionados à vida em cidade, que pode contemplar:

  • planejamento das redes de esgoto e saneamento básico
  • construção de estradas
  • sistema de água
  • sistema de telecomunicações
  • fornecimento de rede de energia elétrica
  • linhas de transporte público conectando a cidade

Neste tipo de urbanização, uma característica associada é a divisão das cidades por zonas, em que a maior parte é residencial, outra é destinada para a indústria e de maneira acessível para os residentes, há os comércios.

Suburbanização

A suburbanização é o processo de crescimento de subúrbios, que acontece em torno de cidades grandes ou mesmo de regiões metropolitanas.

A principal causa da formação de subúrbios é o crescimento demográfico, ou seja, do contingente de população, e das mudanças que acontecem na organização das cidades, que justificam esse crescimento.

Neste caso, pode haver uma migração de populações para as periferias, ou mesmo o êxodo para essas regiões por diversos fatores, dentre eles o custo de vida associado com as regiões centrais, sendo mais baixo nas regiões periféricas das grandes metrópoles.

Uma das características dos subúrbios é a de movimentos pendulares, ou seja, dificuldade em acessar a área socioeconômica, e os centros de cultura, sendo necessária uma grande dependência de automóveis e do transporte público para manter algum tipo de conexão com os grandes centros urbanos.

Urbanização Espontânea

A urbanização espontânea, que também pode ser olhada com a lente da urbanização não-planejada, é aquela que acontece sem que haja nenhum tipo de planejamento ou regulação associada.

Por ser espontânea e não estar associada aos órgãos de controle e de regulamentação, esse tipo de urbanização pode ser geralmente caótica e desorganizada, sem nenhum tipo de padrão ou integração com as ideias de cidade pensadas pelos gestores públicos.

Por essa característica forte, a urbanização espontânea coloca em risco projetos que beneficiam os moradores da cidade, como os serviços básicos, e a adequação de toda a rede energética e de transportes.

Além disso, as construções que são improvisadas e não seguem as regras estabelecidas podem estar localizadas em áreas de riscos e colocar a vida das pessoas que moram nas residências em perigo, principalmente quando há eventos climáticos, cada vez mais comuns.

Reurbanização

O processo de reurbanização é uma forma de buscar a revitalização de áreas que podem estar abandonadas por diferentes razões, ou simplesmente desestruturadas de tal ponto a atrapalhar o desenvolvimento das cidades.

Neste caso, busca-se melhorar toda a infraestrutura da urbanização primária, pensando principalmente nas questões da habitação e da manutenção dos serviços básicos que são caros à população.

Em segundo plano, busca-se a integração desses espaços com as atividades socioeconômicas, o que traz uma melhoria para todos os envolvidos no processo. A reurbanização pode ser parcial ou radical, passando para um quadro de urbanização planejada de acordo com a gestão pública.

Urbanização Industrial

A urbanização industrial é aquela que é focada especificamente no desenvolvimento industrial de uma determinada região, ou seja, tem uma parte de planejamento por meio dos sistemas de gestão em vias de valorizar a região.

Nesse caso, se considera o crescimento urbano que pode acontecer no entorno de indústrias, considerando que a população possa viver e trabalhar na mesma região, o que por conseguinte gera crescimento populacional e pode movimentar a economia local.

Esse tipo de urbanização é muito comum em países fortemente industrializados, com a convivência direta entre o espaço urbano residencial e industrial, numa confluência de interesses.

Urbanização Informal

A urbanização informal é um tipo de urbanização espontânea ou não-planejada, mas tem um desenvolvimento específico que aponta para a informalidade, isto é, o crescimento urbano sem nenhum tipo de regulação.

Nesse tipo de espaço urbano, são observadas residências ou assentamentos que são improvisadas, construídas com diferentes tipos de materiais e sem um padrão específico que garanta a segurança e a dignidade da população.

Há algumas discussões sobre a legitimidade das moradias estabelecidas no modelo informal, bem como as competências governamentais em alterar essas moradias ou não, considerando todas as composições históricas dos grupos que ocupam esse espaço na sociedade.

Urbanização Vertical

A urbanização vertical, que também é descrita como a verticalização urbana, é um fenômeno que acontece em escala global e está muito associado com a vida moderna e as condições econômicas das populações mais jovens.

Nesse estilo de agrupamento populacional, entram os conhecidos arranha-céus, prédios que são muito grandes para justificar o uso de espaço urbano. É cada vez maior o número de pessoas que optam por viver em prédios, com dezenas de apartamentos, para estar mais perto dos grandes centros.

Uma das principais características do processo de verticalização é a alta concentração de população nos centros, o que aumenta a densidade populacional desses espaços e pode ocasionar certas consequências.

Urbanização Explosiva

A Urbanização Explosiva é aquela que ocorre num curto período de tempo, ocasionada por fenômenos que justificam a migração de um grande contingente da população.

Esse tipo de evento é mais comum quando há um forte êxodo rural, o que leva a uma urbanização muito desafiadora em termos de infraestrutura e condições de moradia para a população, considerando que o ritmo de crescimento pode ser muito maior que qualquer tipo de planejamento associado às cidades.

Esse tipo de urbanização também pode acontecer num ritmo em que os serviços públicos não conseguem acompanhar, tornando a população mais vulnerável a problemas de saúde e desastres ambientais.

Qual é a importância da Urbanização?

A Urbanização possui grande importância para o desenvolvimento da sociedade, considerando os marcadores sociais nas áreas de saúde, educação e oportunidades de emprego.

Dessa maneira, a vida urbana pode ser uma opção mais associada ao bem-estar das pessoas, que podem acessar com maior facilidade os recursos de serviços públicos que garantem a manutenção das condições de vida.

Apesar disso, os impactos da urbanização implicam na necessidade de produção de grandes quantidades de energia, e muitas vezes na falta de estrutura para comportar o volume de população que está nos centros urbanos.

Quais os impactos negativos da Urbanização?

Como todo o processo, a Urbanização tem seus impactos negativos, principalmente associados ao meio ambiente. A partir da ação humana de organização nas cidades, desastres ambientais tem maior propensão a ocorrer, considerando também o uso de recursos naturais.

A produção de lixo impacta numa maior poluição ambiental, já que o aumento da população leva a um crescimento exponencial no consumo e no descarte, criando efeitos como risco de enchentes e deslizamentos.

Na ordem social, a urbanização pode aprofundar a desigualdade social, já que os serviços públicos se tornam escassos frente ao contingente da população, e camadas da sociedade podem ter um acesso mais privilegiado que outras.

Como é a urbanização no Brasil?

A urbanização brasileira é considerada geralmente rápida e acelerada, tendo sido intensificada a partir da década de 50 com a industrialização e o êxodo rural forçado pelas reformas de base.

Uma das características mais fortes da urbanização brasileira é a falta de planejamento, graças à rapidez do processo, que não permitiu que o poder público conseguisse pensar as cidades de maneira mais sóbria e estratégica, acrescentando o grau de desordem a isso.

Outro ponto que ajuda a explicar a urbanização no Brasil é a forte concentração de populações em grandes centros urbanos. Sendo assim, a distribuição de pessoas entre as regiões do Brasil acontece de maneira muito desigual, e foi ditada pelo desenvolvimento econômico vigente em alguns lugares.

Ao se estudar cidades médias e pequenas, pode-se encontrar achados que fogem da regra geral, principalmente num contexto de indústrias transnacionais e descentralizadas no atual estágio do capitalismo.

E aí, conseguiu entender tudo sobre as causas e os efeitos da Urbanização? Este assunto está presente em diferentes cursos, aulas, provas de Enem e vestibular, e também de concursos! Não deixe de ampliar suas leituras e treinar os conhecimentos.

Obrigado, e até a próxima!

Texto escrito por: Prasaber
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