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A Mulher da Casa Abandonada e como o tema pode ser abordado em sua redação A Mulher da Casa Abandonada e como o tema pode ser abordado em sua redação

A Mulher da Casa Abandonada e como o tema pode ser abordado em sua redação

Nas últimas semanas, você deve ter notado uma grande repercussão envolvendo “A Mulher da Casa Abandonada”. E se você ainda não ouviu o podcast da Folha de S. Paulo, certamente já ouviu um amigo ou familiar comentar sobre ele.

Mas, se você ainda não está por dentro desse assunto, aproveita que a gente te explica tudo, inclusive como o tópico pode ser abordado em uma futura redação de vestibular.

A Mulher da Casa Abandonada: como tudo começou

Margarida Bonetti, que se apresenta aos vizinhos como Mari, é uma brasileira da elite paulistana. Após casar-se com Renê Bonetti, mudou-se para os Estados Unidos em virtude do trabalho do marido.

Quando viajaram, o casal “ganhou” – dos pais de Mari – uma trabalhadora doméstica analfabeta, que já trabalhava para a família, para que ajudasse a cuidar da residência.

O que era para ser uma convivência harmônica e respeitosa, se tornou uma história repleta de denúncias e absurdos: durante cerca de 20 anos, a funcionária viveu em um porão da casa, era agredida pelo casal e não recebia salário.

Além disso, também foi divulgado que o casal não permitia que a mulher tivesse acesso aos armários da casa, muito menos à geladeira do local. Ela viveu durante todo esse tempo em condição equivalente à escravidão.

A vizinha do casal, Vicky Schneider, foi a autora das denúncias às autoridades. Durante uma viagem dos Bonetti, a mulher ajudou a funcionária a fugir e a escondeu em uma igreja durante dois anos.

A Mulher da Casa Abandonada: a repercussão e o podcast

Após diversas denúncias, Margarida fugiu do país e do FBI (Federal Bureau of Investigation), e o marido – de naturalidade americana – permaneceu e ficou preso durante o julgamento, que durou sete meses. Ele negou as acusações, alegando que a funcionária era vista como parte da família.

Entretanto, as alegações do homem não o impediram de ser condenado a seis anos e meio de prisão pela Justiça dos Estados Unidos. Renê não teve direito à liberdade condicional e teve de pagar 110 mil dólares em salários que nunca tinham sido pagos à vítima.

Além disso, o homem também pagou 100 mil dólares de multa ao Estado. Após cumprir o tempo de prisão determinado, tornou-se diretor da Northrop Grumman Corporation.

Já no Brasil, a esposa se esconde, desde então, em uma casa localizada no Higienópolis, um dos bairros mais caros de São Paulo. Ela não costuma aparecer muito. Na maioria dos registros, é possível notá-la com o rosto coberto por um creme branco.

Após a história ter sido apurada pelo jornalista Chico Felitti (Folha de S. Paulo) durante seis meses, foi repercutida por meio de um podcast intitulado A Mulher da Casa Abandonada.

A Mulher da Casa Abandonada: o que o tema tem a ver com a sua redação

Mas, afinal: por que estamos trazendo esse assunto aqui? O motivo é que esse pode ser um possível tema de redação nos vestibulares.

A seguir, você entenderá como ele pode aparecer!

Trabalho análogo à escravidão

Como dissemos, é fato que a funcionária doméstica era mantida em condições análogas à escravidão. O objetivo do podcast é expor essa situação à qual muitas empregadas já foram submetidas e são silenciadas.

Em uma redação, por exemplo, esse tema pode ser abordado com a finalidade de apresentar uma proposta de intervenção social sob a ótica dos direitos humanos.

Escravidão contemporânea

A história pode desencadear uma redação com esse tema ligado a números atuais de pessoas que foram retiradas de trabalhos análogos à escravidão, e como isso ainda acontece no século XXI.

De acordo com a organização de direitos humanos Walk Free Fundation, cerca de 155,3 mil pessoas vivem em situação de escravidão moderna no Brasil.

Segundo Solange Quintão Vaz de Mello, autora do livro “Trabalho Escravo no Brasil: a Nova Face de um Antigo Problema”, o analfabetismo, a ignorância da titularidade dos direitos e a falta de perspectiva de vida e de oportunidades alienam os trabalhadores nesse mundo de escravidão, para onde frequentemente retornam, mesmo após a conquista da tão desejada liberdade física.

Direitos do Trabalhador

O Direito do Trabalhador é contra a violação da dignidade de qualquer pessoa. A Constituição Federal e a Consolidação das Leis Trabalhistas implementam políticas públicas que buscam proteger o trabalhador.

A fim de buscar cessar os casos de condições análogas à escravidão, um dos passos é conscientizar a população sobre a importância do conhecimento das leis trabalhistas, especialmente àqueles considerados mais vulneráveis.

Conforme o governo federal, empregados domésticos passaram a dispor de mais direitos em 2015. No site do governo, os direitos citados são:

  • Salário-mínimo
  • Jornada de Trabalho
  • Hora extra
  • Banco de Horas
  • Remuneração de horas trabalhadas em viagem a serviço
  • Intervalo para refeição e/ou descanso
  • Adicional noturno
  • Repouso semanal remunerado
  • Feriados civis e religiosos
  • Férias
  • 13º salário
  • Licença maternidade
  • Vale-Transporte
  • Estabilidade em razão da gravidez
  • FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
  • Seguro-desemprego
  • Salário-família
  • Aviso prévio
  • Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa

Gostou da dica? Agora você pode praticar a redção com esse tema e citar o caso da Mulher da Casa Abandonada em seu texto!

Texto escrito por: PRAVALER
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