Ciências Econômicas

Uma das formas de ingressar nas faculdades que oferecem o curso de Ciências Econômicas é por meio da transferência de curso. Isto é, se você já está matriculado em alguma instituição de ensino superior e ainda está realizando a graduação, existe a possibilidade de solicitar a sua transferência em dois casos: a interna e a externa. Entenda mais sobre essa modalidade na sequência.

Transferência interna

A transferência interna na graduação funciona da seguinte maneira: se o estudante está previamente inscrito em uma universidade que disponibiliza o curso de Ciências Econômicas, ele irá trocar apenas de graduação.

Seja por perceber que anteriormente estava em um curso que não faz mais sentido para a futura carreira, por não encontrar oportunidades de emprego no mercado de trabalho ou por diversos motivos pessoais, essa é uma forma de não precisar concluir um determinado curso antes de ingressar no que realmente deseja, como é o caso de ser em Ciências Econômicas.

Neste caso, o curso de Ciências Econômicas continuaria sendo na mesma faculdade em que você está matriculado, o que pode ser uma opção interessante em várias situações, como gostar da instituição de ensino em que está, o valor da mensalidade ser adequado ao orçamento disponível, a localização ser próxima a outros pontos relevantes na cidade em que está, entre outros.

Também se deve destacar o fato de que o processo seletivo de transferência interna é diferente. Isso porque há a chance de ser uma seleção mais simples de conseguir a vaga em Ciências Econômicas, pois a documentação do estudante já faz parte do banco de dados da faculdade. Porém, existem algumas boas práticas que precisam ser consideradas desde o início, como:

- Conferir se há vagas disponíveis para as vigentes ou próximas turmas do curso de Ciências Econômicas;

- Checar se tem a necessidade de ter realizado um determinado número de créditos ou de disciplinas no curso em que se inscreveu inicialmente;

- Entender quais são os critérios de seleção que a universidade utiliza neste contexto, como fazer uma nova prova, uma entrevista com o corpo docente ou apresentar algum tipo de justificativa que explique os motivos da solicitação de mudança de graduação.

Além disso, pode ser que precise fazer a equivalência de disciplinas já cursadas para equalizar com as novas matérias da grade curricular de Ciências Econômicas. E visto que cada instituição de ensino superior conta com certas regras, é recomendável entrar em contato com a sua secretária para entender melhor como é o processo de transferência interna onde você está matriculado.

Transferência externa

Já a transferência externa, por outro lado, possui características diferentes. Isso porque se trata de um processo seletivo em que você vai mudar de uma faculdade para outra, seja para se manter no curso de Ciências Econômicas ou não.

Há estudantes que optam por essa alternativa quando querem ir para uma instituição de ensino superior pública ou particular por razões como trocar a sua localização, a fim de ficar mais próximo de um novo emprego ou em circunstâncias em que tenha que mudar de cidade, por exemplo. Ou ainda quando pretendem ingressar em uma faculdade que seja melhor, em múltiplos aspectos, do que a anterior, ou até mais barata para caber no orçamento.

Por isso, antes de concretizar a sua transferência, considere qual das opções disponíveis de universidades e faculdades faz mais sentido para você nos quesitos que forem mais importantes, como localização, modalidade (presencial ou ensino a distância) e valor. Isso porque, como iremos explicar, é um processo realizado em etapas e que pode levar algum tempo. Dessa forma, quanto mais certeza você tiver dessa escolha, melhor será ao final.

Após escolher qual será o foco da sua troca, saiba que, assim como a transferência interna, há certos procedimentos que precisam ser colocados em prática para ter sucesso nessa mudança de instituição de ensino superior:

- O primeiro passo é saber quais são as universidades e faculdades que oferecem o curso de Ciências Econômicas e se aceitam transferência externa como modalidade de ingresso;

- Em seguida, se deve entender alguns outros pontos que apenas a própria instituição poderá informar: quais são as regras para a transferência externa para o curso de Ciências Econômicas, se há vagas disponíveis para alunos de fora e em quanto tempo poderá começar a cursar (apenas no semestre seguinte, por exemplo).

Cada instituição de ensino superior terá as suas regras específicas para essa forma de ingresso na graduação, principalmente se for uma mudança de uma universidade pública para uma faculdade particular, e vice-versa. Apenas com bastante pesquisa, consulta ao edital divulgado e entrando em contato será possível entender de forma completa como serão as etapas deste processo seletivo.

Outro ponto é estar com a documentação que poderá ser solicitada em mãos. Para isso, deixe separado o seu histórico escolar com as disciplinas cursadas, o plano de ensino com as informações sobre o que você já estudou, a declaração de matrícula oficial comprovando que você está em outra instituição, justificação da transferência e os seus documentos pessoais (RG, CPF, comprovante de residência, etc.).

Prepare-se também para ter o seu desempenho acadêmico analisado pelo corpo docente da instituição de ensino superior na qual você quer ingressar, já que essa mudança será aprovada ou não com base nas notas obtidas anteriormente. Pode ser ainda que você precise fazer entrevistas e participar das demais etapas de seleção com a reitoria para que entendam mais a fundo os motivos desse pedido de ingresso via transferência externa.

Ah, e lembre-se: seja na transferência interna ou na externa, não deixe de respeitar os prazos para realizar a inscrição, enviar a documentação necessária e para os estágios seguintes. Caso contrário, apenas no próximo semestre ou no ano seguinte que terá a chance de tentar essa movimentação novamente.

Tradicionalmente conhecido, o vestibular é o principal processo seletivo utilizado por universidades e faculdades para avaliar o desempenho e selecionar os candidatos interessados que terão a oportunidade de ingressar no ensino superior. Esta modalidade de seleção tem um papel fundamental na educação do Brasil e é por ele que os estudantes se preparam ao longo dos anos do ensino médio.

Para o curso de Ciências Econômicas, o vestibular costuma ser o primeiro passo para ingressar na graduação em questão e deve ser realizado com muita dedicação a fim de fazer o maior número de pontos possível. Além disso, ele pode ocorrer apenas uma vez por ano ou até duas, no início de cada semestre, a depender da universidade ou da faculdade.

Quer conhecer mais um exemplo de forma de entrar no curso de Ciências Econômicas? É o processo seletivo para portadores de diploma, sendo uma modalidade de ingresso em instituições de ensino superior específico para as pessoas que já possuem um diploma de graduação e que desejam cursar uma nova faculdade, seja para conseguir um segundo diploma ou para se aprofundar em outra área do conhecimento.

Apesar de não ser tão popular, essa opção de ingresso no ensino superior é procurada por profissionais que buscam ampliar suas competências ou mudar de carreira sem passar pelos processos tradicionais, como os vestibulares ou o ENEM.

De forma resumida, o processo seletivo para portadores de diploma é mais simplificado em relação às seleções mais tradicionais. Isso porque o candidato precisará apresentar uma série de documentos que comprovem sua formação anterior, como o diploma de graduação, histórico acadêmico com as notas e carga horária das matérias cursadas, e em alguns casos, o plano de ensino das disciplinas para análise de equivalência.

Ao apresentar esses documentos, o candidato irá permitir que a universidade avalie se há disciplinas que podem ser aproveitadas no novo curso, o que reduz o tempo necessário para a conclusão da segunda graduação.

Assim como nas outras modalidades citadas, as vagas para essa modalidade são limitadas e na maior parte dos casos, são destinadas a preencher eventuais lugares que estejam sobrando em cursos já em andamento.

Por isso, a quantidade de vagas disponíveis pode variar conforme a instituição, o curso desejado e o campus escolhido. Além disso, o critério de seleção inclui a análise do desempenho acadêmico no curso que você realizou anteriormente, entrevistas ou até a apresentação de uma justificativa para a escolha do novo curso, como ocorre na modalidade de transferências. Em algumas universidades, há ainda cobrança de uma taxa de inscrição.

Uma das vantagens do processo seletivo para portadores de diploma é o fato de poder ingressar em mais um curso do ensino superior, como Ciências Econômicas, sem precisar competir diretamente com candidatos que estão ingressando na graduação pela primeira vez. Apesar disso, saiba que é fundamental consultar as regras da universidade de seu interesse, pois os critérios, prazos e procedimentos costumam variar entre as instituições.

Conhecido por muitos estudantes, o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é uma das principais portas de entrada para o curso de Ciências Econômicas no ensino superior na maioria das universidades públicas e privadas no Brasil. Se você está no ensino médio e deseja cursar essa formação, é importante entender como o ENEM funciona e o que ele avalia.

O exame é composto por quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática, além da redação. Todas essas áreas têm relevância para o curso de Ciências Econômicas, já que essa graduação faz uma combinação de conhecimentos de análise quantitativa, raciocínio lógico e compreensão de questões sociais e históricas.

Como futuro estudante de Ciências Econômicas, é preciso dar atenção especial à prova de Matemática, já que esta disciplina tem um papel de grande relevância na graduação e no dia a dia do economista. No ENEM, a prova de Matemática avalia habilidades como interpretação de gráficos, resolução de problemas com funções e proporções, além de raciocínio lógico. Todas essas competências serão indispensáveis na sua formação, especialmente em matérias como estatística, econometria e cálculo.

A redação também é importante. Como a carreira em questão lida diretamente com questões sociais, políticas e ambientais, o tema da redação muitas vezes tem um diálogo com aspectos econômicos, como desigualdade social, sustentabilidade ou políticas públicas. Com isso, a sua habilidade de construir argumentos claros e embasados será essencial não apenas para a prova, mas também para sua futura carreira.

Já as questões de Ciências Humanas, que incluem história, geografia, filosofia e sociologia, são fundamentais para entender os contextos históricos e sociais que influenciam a economia. A prova de Linguagens, que avalia interpretação de textos e gramática, é igualmente importante, já que economistas frequentemente precisam analisar relatórios, escrever artigos ou interpretar informações complexas.

Com a nota do ENEM, você pode se inscrever em outros programas governamentais para conseguir vaga em instituições públicas ou para obter bolsa de estudos, como é o caso do Sisu, do Prouni e do Fies. Algumas instituições ainda utilizam a nota do ENEM em seus próprios processos seletivos.

Para se preparar, você deve estudar de forma equilibrada todas as áreas do conhecimento, praticar redações e revisar conteúdos do ensino médio. Se possível, faça simulados para se familiarizar com o estilo das questões e testar se você está com os aprendizados em dia. Outra recomendação é manter-se atualizado sobre temas mais recentes, visto que o ENEM valoriza a capacidade de relacionar conhecimento teórico com problemas reais, algo que será uma habilidade-chave para seu sucesso no curso de Ciências Econômicas.

O Sisu (Sistema de Seleção Unificada) é uma plataforma do governo federal que possibilita que os estudantes utilizem a nota do ENEM para concorrer a vagas em universidades públicas de norte a sul do país. Se você deseja ingressar no curso de Ciências Econômicas, o Sisu pode ser a sua grande oportunidade, ainda mais se você obteve uma boa pontuação no ENEM.

Para participar do Sisu, você deve ter realizado o ENEM mais recente e não ter zerado a redação. Durante o período de inscrição, você poderá escolher até duas opções de curso, definindo a ordem de prioridade entre elas.

É essencial prestar atenção ao cálculo das notas de corte, que são atualizadas diariamente durante o período em que a seleção está aberta e que indicam a menor pontuação necessária para ser selecionado em um curso específico. No caso de Ciências Econômicas, as notas de corte podem variar bastante entre as universidades e dependem do nível de concorrência e da quantidade de vagas disponíveis.

Um ponto importante é que o Sisu permite filtrar suas escolhas por turnos (matutino, vespertino ou noturno) e modalidades de concorrência, como ampla concorrência ou reserva de vagas para ações afirmativas, incluindo cotas raciais, sociais ou para estudantes de escolas públicas.

As vagas para Ciências Econômicas no Sisu geralmente estão distribuídas em diversas universidades renomadas, como USP, UFMG, UFRJ e Unicamp, entre outras. Algumas dessas instituições podem atribuir pesos diferentes às áreas do ENEM, dependendo da importância das disciplinas para o curso. Por exemplo, a prova de Matemática pode ter um peso maior para o curso de Economia em determinadas universidades.

Ao ser aprovado no Sisu, você deve realizar sua matrícula na instituição de ensino escolhida dentro do prazo estabelecido. Caso não seja selecionado na chamada regular, ainda é possível participar da lista de espera, aumentando suas chances de conseguir a vaga.

O Sisu oferece uma oportunidade democrática e acessível para ingressar no ensino superior, permitindo que estudantes de diferentes regiões do Brasil concorram a vagas em universidades de excelência. Para garantir seu lugar em Ciências Econômicas, não deixe de monitorar as notas de corte e, principalmente, dedicar-se ao ENEM para alcançar uma pontuação acima dos seus concorrentes.

O Prouni (Programa Universidade para Todos) é mais uma das iniciativas de acesso à educação do governo federal, a qual oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições privadas de ensino superior. Se você deseja cursar Ciências Econômicas em uma faculdade privada, mas não tem condições de arcar com os custos, esse programa pode ser uma excelente oportunidade para realizar o seu objetivo.

Para participar do Prouni, é necessário ter realizado a última edição do ENEM, ter alcançado uma pontuação mínima de 450 pontos na média das provas e não ter zerado a redação. Além disso, o programa é voltado para estudantes de baixa renda, sendo que os critérios de renda familiar mensal per capita são:

● Bolsas integrais (100%): renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa;

● Bolsas parciais (50%): renda familiar de até 3 salários mínimos por pessoa.

Além disso, outros requisitos envolvem ter cursado o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada. Quem é professor da rede pública de ensino básico também pode concorrer às bolsas, independentemente da renda, caso queira cursar licenciaturas ou pedagogia.

Durante o período de inscrição, o candidato consegue escolher até duas opções de curso e instituição, indicando suas prioridades. Para Ciências Econômicas, as vagas estão disponíveis em diversas faculdades privadas famosas e as bolsas podem variar de acordo com a oferta de cada instituição e campus. As notas de corte são atualizadas diariamente durante o processo seletivo, o que ajuda você a avaliar suas chances de ser aprovado.

Se você for selecionado, o próximo passo é comprovar as informações fornecidas no ato da inscrição, apresentando os documentos que atestem sua renda, a sua formação escolar e outros critérios exigidos pelo Prouni. Após a validação dos documentos, você estará apto a realizar a matrícula na instituição escolhida e começar a estudar.

O Prouni é uma alternativa acessível para quem sonha em cursar Ciências Econômicas e busca uma formação de qualidade em uma instituição privada. Afinal, possibilita a entrada no mercado de trabalho com uma sólida formação acadêmica, sem o peso financeiro que muitas vezes dificulta o acesso ao ensino superior. Para aumentar suas chances no Prouni, é fundamental ter um bom desempenho no ENEM, planejar suas opções de curso estrategicamente e acompanhar todas as etapas do processo seletivo.

O Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) também é um programa do governo federal que disponibiliza alternativas de financiamento para estudantes cursarem o ensino superior em instituições privadas. É uma alternativa valiosa para quem deseja ingressar no curso de Ciências Econômicas, mas não tem condições de pagar integralmente as mensalidades durante a graduação.

O Fies funciona, resumidamente, como um empréstimo que só começa a ser pago após a conclusão do curso, com condições de pagamento acessíveis e juros reduzidos, ou até mesmo taxa zero, dependendo da modalidade escolhida e da renda do estudante. Para isso, o programa é dividido em duas categorias principais:

● FIES (Modalidade I): financiamento com taxa zero, voltado para estudantes com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa;

● P-FIES (Modalidade II): uma nova modalidade destinada a estudantes com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos, com financiamento feito por bancos privados parceiros e condições diferenciadas.

Assim como o Prouni, há critérios a cumprir. Para participar, o estudante deve ter realizado o ENEM a partir de 2010, obtendo uma pontuação mínima de 450 pontos na média das provas e não ter zerado a redação. Também é necessário atender aos critérios de renda estabelecidos para a modalidade do seu interesse.

Durante o período de inscrição, o candidato deve acessar o sistema do Fies e escolher até três opções de curso e instituição. Para Ciências Econômicas, o financiamento está disponível em diversas faculdades privadas, permitindo que você selecione a melhor opção para sua formação e localização. A seleção é feita com base na nota do ENEM e na oferta de vagas para o curso escolhido, sendo possível verificar as notas de corte para acompanhar suas chances de aprovação.

Caso seja aprovado, o estudante deve comparecer à instituição escolhida para validar as informações e, posteriormente, assinar o contrato de financiamento com o banco parceiro do programa. Mas, lembre-se: o Fies financia apenas o valor das mensalidades, cabendo ao estudante, você, arcar com outras despesas, como transporte e material para as aulas.

O Fies oferece a possibilidade de alcançar o diploma de Ciências Econômicas sem que as mensalidades representem uma barreira financeira durante o curso. Com isso, o programa ajuda estudantes a investir em sua formação acadêmica, facilitando o ingresso no mercado de trabalho e permitindo que o pagamento seja feito de forma acessível após a conclusão da graduação.

Agora você já aprendeu que o curso de Ciências Econômicas é muito mais do que uma formação acadêmica. Afinal, é uma oportunidade de compreender os mecanismos que movem o mundo e de atuar diretamente na construção de soluções para os desafios econômicos e sociais.

Se você está considerando seguir essa carreira, lembre-se de que a preparação começa agora. Escolher a melhor instituição, entender as possibilidades de ingresso, e se dedicar aos estudos são passos fundamentais para alcançar seu sonho. Mais do que um diploma, o curso de Ciências Econômicas oferece a chance de desenvolver um olhar crítico sobre a realidade e, com isso, causar impacto positivo na sociedade.