Farmácia

Uma das maneiras de ingressar no curso de Farmácia é por meio da transferência. Atualmente, existem dois tipos: transferência interna e externa.

Transferência interna: aplica a mudança dentro da própria instituição. Nesse tipo de transferência, o aluno deseja mudar apenas de curso para estudar Farmácia. Mas, além disso, pode ser também a mudança de unidade ou até mesmo de período (matutino, vespertino ou noturno).

Cada instituição de ensino tem suas próprias regulamentações, ou seja, esse processo de transferência interna pode ser diferente de uma para outra. Entretanto, de modo geral, alguns dos principais critérios para esse modelo de ingresso incluem:

• Disponibilidade de vagas: As vagas costumam ser limitadas e dependem de desistências, formaturas e outras circunstâncias que geram vacâncias.
• Processo seletivo: As faculdades podem exigir que os candidatos de transferência interna realizem alguma nova prova, por exemplo.
• Aproveitamento de disciplinas: As universidades podem aproveitar algumas disciplinas já concluídas, desde que elas sejam equivalentes a grade curricular oferecida no curso de Farmácia.
• Período mínimo de estudo: a instituição de ensino de interesse pode exigir o cumprimento de um período mínimo do curso de origem antes de solicitar a transferência interna.
• Taxas e documentos: A cobrança da taxa administrativa é feita por boa parte das faculdades. Apresentação de documentos, como o histórico escolar, é obrigatório.

Transferência externa: Esse tipo de transferência permite que o aluno matriculado no curso de Farmácia troque de instituição de ensino superior. Vale pontuar que esse processo costuma ser mais burocrático, pois depende dos trâmites das duas instituições.

Quem deseja ingressar no curso de Farmácia por meio da transferência externa deve ter em mente que o processo também depende da disponibilidade de vagas para o curso em questão na nova faculdade de interesse.

O ideal é entrar em contato com a faculdade de interesse com antecedência para ficar por dentro de todas as normas.

Prepare-se para a documentação exigida, que costuma incluir:

• Histórico acadêmico atualizado
• Ementas das disciplinas já cursadas
• Comprovante de matrícula na instituição de origem
• Declaração de regularidade acadêmica

Relevante pontuar que os critérios de seleção também podem variar de acordo com a faculdade. Alguns costumam solicitar a apresentação do desempenho acadêmico na universidade de origem. Além disso, podem exigir a realização de novas provas ou exames.

Como a interna, a transferência externa também faz o aproveitamento de disciplinas já cursadas, desde que, mais uma vez, as matérias sejam equivalentes a grade curricular da nova instituição.

A matrícula é bem simples, seguida da aprovação no processo seletivo, basta o estudante de Farmácia comparecer até a instituição com todos os documentos solicitados, além do pagamento da taxa.

Entre os processos de ingresso mais tradicionais está o vestibular. Neste caso, as instituições de ensino superior são responsáveis por realizarem e aplicarem as provas, que normalmente envolvem conhecimentos gerais e uma redação. É muito importante dedicar-se para o exame, visto que a seleção acontece a partir do desempenho de cada candidato.

Outra maneira de estudar Farmácia é através da modalidade “Portador de Diploma”. Trata-se de uma opção voltada apenas para quem já tem uma formação de nível superior e deseja iniciar uma nova graduação.

Vale salientar que esse modelo de ingresso conta com algumas regras específicas, que podem variar de uma instituição para outra. No entanto, de maneira geral, o novo estudante de Farmácia precisa ter um diploma reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), em uma instituição de ensino que seja devidamente credenciada. A graduação anterior não precisa, necessariamente, ter relação com a atual.

Alguns outros requisitos estabelecidos pela faculdade também devem ser cumpridos para que o processo ocorra tudo bem.

Um dos destaques desse modelo de ingresso é que não é necessário participar de um novo vestibular. Basta que o estudante escolha sua universidade e realize a inscrição para o curso de Farmácia.

Alguns documentos podem ser exigidos pela instituição, como:

• Carteira de Identidade
• CPF
• Certidão de Nascimento
• Histórico Escolar do Curso Superior
• Sistema de Avaliação da Instituição de Origem
• Conteúdos Programáticos

A resposta da instituição pode levar alguns dias a partir da data do envio da documentação.

O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) é o exame mais tradicional do país. Com ele, é possível ter acesso a instituições públicas e privadas de ensino superior. A seleção acontece a partir da nota e desempenho de cada candidato.

Por meio do Enem, o estudante consegue estudar Farmácia através de alguns programas governamentais, como Sisu (Sistema de Seleção Unificada), Prouni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). No caso das faculdades privadas, as instituições de ensino superior costumam usar o desempenho do aluno como alternativa de ingresso no curso de Farmácia, dispensando a necessidade da realização de um novo vestibular.

Sisu    

O Sisu é uma possibilidade de estudar Farmácia em universidades públicas do país. O programa do governo foi criado em 2009 pelo MEC, e surgiu com o objetivo de facilitar o acesso de estudantes ao ensino superior.

O projeto foi idealizado pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad durante o governo Lula. No primeiro semestre de 2010, o programa ofertou mais de 40 mil vagas em diversas instituições públicas pelo Brasil.

Como funciona

O Sisu acontece duas vezes, normalmente no início e meio do ano letivo. O programa utiliza a pontuação dos candidatos no Enem como critério de seleção. Quanto maior for a nota, maior é a chance de conquistar uma vaga no ensino público.

Os candidatos podem fazer sua inscrição gratuitamente pelo site oficial do Sisu. Além disso, devem apresentar uma série de documentos, incluindo a nota do Enem juntamente com o número de inscrição e a senha para acessar o sistema.

O estudante tem uma semana para se inscrever, e, durante esse período, pode escolher até duas opções de curso, indicando a ordem de preferência. Ao longo dos sete dias, é possível alterar as opções escolhidas quantas vezes forem necessárias. Vale considerar as notas de cortes atualizadas diariamente até o encerramento das inscrições.

Requisitos para participar do Sisu

Para conseguir uma vaga na Farmácia através do Sisu, é necessário que o estudante tenha participado da última edição do Enem, e ter tirado uma nota mínima de 450 pontos, além de não ter zerado na redação. Mas esse é apenas um critério de participação, já que para conseguir o benefício a pontuação deve ser maior que a exigência mínima.

Algumas das vagas disponíveis no Sisu são para cotas, como previsto na Lei n° 12.711/2012.

Prouni

Assim como o Sisu, o Prouni é outra iniciativa do governo federal, criado em 2004 com o mesmo objetivo: viabilizar o acesso ao ensino superior privado. O programa concede bolsas de estudo integrais (100%) e parciais (50%) para cursos de graduação em instituições privadas, credenciadas e reconhecidas pelo MEC. O processo seletivo acontece duas vezes por ano, e o benefício é voltado para os candidatos que participaram do Enem.

Ter um bom desempenho no Exame é crucial para garantir uma vaga no programa, mas não só isso, como também atender alguns critérios estabelecidos.

Entre as exigências do programa está o socioeconômico, onde o candidato deve apresentar uma renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário-mínimo para bolsas integrais, e de até 3 salários-mínimos para bolsas parciais.

Outras condições estabelecidas pelo programa incluem:

• Ter cursado ensino médio completo em escola pública ou escola privada como bolsista integral
• Ser pessoa com deficiência
• Ser professor de rede pública de ensino

O processo de seleção do Prouni acontece duas vezes por ano, e as inscrições são feitas pelo site oficial do programa governamental. Durante o período, o candidato pode escolher até duas opções de curso, instituição e turno.

Após o fim do período de inscrição, os candidatos são selecionados de acordo com sua nota do Enem. Um ponto crucial que vale a atenção do estudante interessado em ganhar uma bolsa de estudos é observar a nota de corte, pois o benefício é concedido a partir da quantidade de bolsas disponíveis para cada curso, faculdade e formato de ensino.

Fies

O Fies é outro programa do governo federal que permite acesso às universidades privadas. Nessa modalidade, os estudantes podem pagar as mensalidades do curso de Farmácia apenas quando finalizarem a graduação.

Hoje, o programa atua com duas modalidades: o Fies e o P-FIES. A diferença entre os dois está nas fontes de recursos e nas condições de financiamento.

O Fies é destinado a estudantes com renda familiar bruta per capita de até três salários-mínimos. Já o P-Fies para estudantes com renda familiar per capita de até cinco salários-mínimos.

As inscrições são feitas pela internet, no Sistema de Seleção do Fies (FiesSeleção), durante os períodos estabelecidos pelo MEC.

Critérios de seleção do Fies

Participação no Enem: é necessário ter participado do Enem a partir de 2010, e obtido média mínima de 450 pontos nas provas objetivas, além de não ter zerado na redação.Os candidatos são selecionados a partir das suas notas, seguidos dos critérios de renda familiar.

Contratação

Sobre a contratação, é importante saber que o processo é feito por um agente financeiro parceiro do Fies, neste caso, os bancos Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil.

O pagamento da graduação começa a ser feito apenas após a conclusão do curso. O Fies oferece um período de carência de 18 meses, onde o estudante paga apenas uma parcela reduzida.

Com as novas regras do Fies, os alunos beneficiados têm um financiamento com juros anuais de 6,5%, um período de carência de 18 meses e um prazo de pagamento que pode ser até três vezes o tempo de duração do curso financiado.

Tratando-se das fases do financiamento, vale pontuar que o Fies tem três:

Utilização: período entre o início e o mês antes do início da carência, que é quando o estudante deve pagar os juros do financiamento a cada três meses. Esses juros são limitados a R$ 150 por trimestre.

Carência: período entre o mês seguinte ao fim da fase de utilização e o mês anterior ao início da fase de amortização. Fase onde o estudante deve continuar pagando os mesmos juros trimestrais que pagava durante a fase de utilização.

Amortização: se inicia a partir do 19° após o fim da fase de utilização. Nessa fase, o saldo devedor do financiamento é pago em parcelas mensais, iguais e sucessivas, calculadas com base na Tabela “Price”.